Domingo, 10 de Abril de 2011

Neo-Liberalismo

É o novo "nazi". Se durante uma discussão não gostarmos do que estamos a ouvir, é só chamar o outro de "neo-liberal". Já me acusaram de estar com ideias neo-liberais numa discussão em que estava a defender a liberdade de expressão (!), nem metia economia ao barulho. 


Isto já foi há uns dois anos, na altura nem sabia o que era "neo-liberal", tive que ir ver à internet. E pelos vistos, quem me acusou também não sabia.

publicado por Terebi-kun às 14:51
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Sábado, 9 de Abril de 2011

Sócrates Mentiroso

Só ouvi um pouco do discurso de congresso que fez ontem. E do pouco que ouvi, dá para perceber porque é que Sócrates é uma "máquina política": mente descaradamente, depois afirma que o que estava a dizer são os factos, e mesmo assim muita gente vai acreditar no que ele disse.

 

Nisto tudo, o que me custa mesmo é ver os jornalistas servirem de estenógrafos dos políticos. Sei que os jornalistas devem tentar manter alguma imparcialidade, mas também têm o dever de vir à frente e dizer que certas coisas que foram ditas são, simplesmente, mentira.

 

Já agora, o que o Fernando Ulrich diz vale o que vale, mas assim vê-se como o Sócrates sabe o que faz. No dia a seguir ao presidente do BPI dizer que no dia 4 de Março viu que Portugal não tinha condições para se financiar, o nosso ex-primeiro ministro afirma insistentemente num congresso que Portugal só precisou de ajuda porque no dia 24 de Março o PEC IV foi chumbado. Como os bancos são mal vistos em Portugal (com alguma razão), não faz mal contradizer o Fernando Ulrich, são os bancos que vão ficar mal na figura no final.

publicado por Terebi-kun às 10:47
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Quinta-feira, 7 de Abril de 2011

streets of philadelphia

publicado por Yasako às 17:12
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Comment: Camilo Lourenço

"De facto nós temos um problema com a frontalidade em Portugal (eu já fui despedido de três grupos editoriais). E sabe porquê? Porque o país é tão pequeno que qualquer coisa que a gente faça ou diga incomoda muita gente. São todos amigos ou primos uns dos  outros... Mas um país livre não se constrói assim. Tem de haver coragem para denunciar o que está mal e ainda mais coragem para mudar o actual estado de coisas.  é chocante ver como a maioria dos problemas que temos actualmente são quase iguais aos que tínhamos no final do século XIX... Isto devia acordar consciências."

 

Link

 

E por falar em século XIX:

 

“ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não tem a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA, É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, politica de expediente, País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?”

 

Eça de Queiroz, 1867, “O distrito de Évora”


publicado por Terebi-kun às 01:54
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Quarta-feira, 6 de Abril de 2011

O problema da abstenção (e dos votos nulos e dos votos em branco, já agora)

Podemos não votar como forma de protesto. Mas já agora que se saiba: como a abstenção não conta para a percentagem final, quem sai a ganhar com isso não é quem protesta, mas os maiores partidos. Quanto menos pessoas votarem em partidos, mais os votos nesses partidos contam.

 

Por isso é que é uma anedota quando os partidos falam em "legitimidade". Com os números de abstenção que temos (>60%), há maioria no parlamento com metade dos 40% que falta, ou seja, 20% dos votos. E muitas das vezes nem é tanto, se tivermos em conta que os votos brancos/nulos também não contam para a percentagem.

 

Qual é a alternativa? Se querem castigar qualquer um dos partidos, é preciso "ir à percentagem" deles, e para isso é preciso votar num outro partido. Se não queremos favorecer nenhum dos partidos que já estão lá na assembleia, pode-se usar qualquer um dos partidos que nunca conseguem votos suficientes para terem assento parlamentar - rouba-se assim percentagem aos partidos que já estão lá, e como há muitos destes partidos pequenos, é pouco provável que o partido em que votámos venha a eleger deputados.

 

Em 2009, concorreram em Portugal 15 partidos:

 

PS

PSD

CDS-PP

BE

CDU

Movimento Esperança Portugal (MEP)

PCTP-MRPP

Partido Popular Monárquico (PPM)

Partido Humanista (PH)
Movimento Mérito e Sociedade (MMS)

Portugal Pró Vida (PPV)

Partido Nacional Renovador (PNR)

Partido da Nova Democracia (PND)
Partido Operário da Unidade Socialista (POUS)

Partido Trabalhista Português (PTP)

 

(update)

 

Parece que o acto de votar não é tão inócuo assim. Segundo o Diário de Notícias, cada partido recebe uma quantia por voto, e esta quantia está aberta a qualquer partido que tenha mais que 25 mil votos.

publicado por Terebi-kun às 14:00
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Segunda-feira, 4 de Abril de 2011

Fora de Contexto

"The long-term consequence will be to reduce majority values and life-styles to mere "options" among a range of socially valid alternatives, all of which will deserve equal respect from the law and equal subsidy from the exchequer. This is already happening with homosexual "marriage";"

 

Não fossem as aspas, e até podia parecer que quem escreveu isto estava de certa forma a defender uma maior aceitação em relação a vários estilos de vida. No entanto, é exactamente o sentimento oposto

publicado por Terebi-kun às 11:47
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Livro - História do Pensamento Económico (2)

Segundo as Leis de Platão:

 

"«O nosso fim essencial é estabelecer a amizade entro todos os cidadãos da cidade»; qual é a organização económica e social apropriada para esse fim? «O verdadeiro meio», responde Platão, «é a comunidade absoluta dos bens, das mulheres e dos filhos», porque «entre amigos tudo é comum». O comunismo é-nos assim apresentado desta vez como um ideal de alcance geral."

 

"«Um meio mais fácil de instaurar a amizade entre os cidadãos é atribuir a todos propriedades iguais e obrigá-los a todos a levarem uma vida identicamente frugal.»"

 

"A base da organização social será a família monogâmica, mas uma vida cuidadosamente controlada pelo Estado: o adultério será punido e defendida a honra das mulheres; cada casal deverá possuir uma habitação separada; em caso de incompatibilidade entre os esposos, poderão separar-se, mas cada um deles deverá casar-se então com cônjugue designado pelo Estado (pensa-se assim evitar divórcios muito numerosos). A cada família será atribuído um lote de terra idêntico, que não poderá ser alienado e deverá ser transmitido a um só herdeiro;"

 

"Este sistema implica, evidentemente, que todos os cidadãos sejam agricultores e, por outro lado, que o seu número de mantenha rigorosamente o mesmo. «Efectivamente», declara Platão, «na cidade deverão existir sempre exactamente 5040 cidadãos, número escolhido porque é divisível por todos os números de 1 a 12, excepto o número 11, o que deve facilitar o trabalho administrativo»" pág.37-38

 

Isto não me ensinaram nas aulas de Filosofia!

publicado por Terebi-kun às 10:55
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Livro - História do Pensamento Económico

Sobre o trabalho de Platão:

 

"O conhecimento do que é bom e justo para o indivíduo e para a cidade é o conhecimento mais alto, e o único verdadeiro. O conhecimento imediato pela via dos sentidos só conduz a opiniões superficiais sobre as coisas. O conhecimento matemático já é superior. Entretanto apoia-se em postulados não justificados e não pode explicar integralmente o mundo visível onde nada permanece. A geometria, sobretudo, é um bom instrumento de preparação para o exercício da sua mais alta faculdade, a inteligência, ou a razão. A razão pela via da discussão e da dialéctica atinge o conhecimento do bem, nomeadamente do bem político que é a justiça." (pág.41-42)

 

É preciso ter em conta como é que Platão via o Universo. Para ele, nós, como pessoas, não podíamos inventar nada, pois já estava tudo inventado desde o início do tempo. No máximo, podíamos lembrar-nos dessas "ideias" originais, que existiam num outro plano de existência, o "mundo das ideias".  Daí a "aversão" de Platão ao mundo real, pois era só uma sombra do mundo ideal. Daí também a ideia de defender a discussão pura, sem ter demasiado em conta o "conhecimento imediato pela via dos sentidos", como única forma de chegar a essas ideias originais. A Filosofia hoje em dia perdeu muita da relevância que tinha, e se ainda seguir esta ideia, não admira porquê.

 

 

"Esta concepção de uma ciência política modo supremo e perfeito do conhecimento, ao mesmo tempo que única ciência verdadeiramente importante, pode hoje surpreender-nos, dado que estamos habituados a admitir, ao contrário, que a ciência política (de que a economia política é um ramo particular) deve procurar imitar as ciências exactas, muito mais perfeitas, e que raramente o consegue." (pág.42)

 

Não será tanto a ciência política "imitar" as ciências exactas, mas usar uma metodologia semelhante para chegar ao conhecimento. E as ciências políticas têm muito a ganhar (e já ganham) ao ir buscar conhecimento já descoberto em áreas como as neurociências e a psicologia, que ajudam a perceber melhor como é que o ser humano funciona. Afinal de contas, é este o tema das ciências políticas: o ser humano, e como podem muitos seres humanos viver em conjunto (de preferência, no seu melhor interesse).

 

 

"Todavia, o ponto de vista de Platão merece ser considerado com muita atenção. Para ele, o que importa ao homem é conhecer-se a si próprio. Em seu entender, é muito mais importante esclarecer os princípios de uma constituição justa do que descobrir leis naturais do mundo físico." (pág.42)

 

É a ideia de que é preciso primeiro as pessoas estarem suficientemente conscientes/educadas, de termos uma sociedade pacífica, antes de termos conhecimentos para matar mais e melhor. O que faltou considerar foi que os conhecimentos do mundo físico também poderiam ajudar as ciências políticas.

publicado por Terebi-kun às 10:05
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Sábado, 2 de Abril de 2011

No More 3D

 

"Converts standard 3D movies in to relaxing 2D!"

 

"Eliminates headaches and nausea associated with 3D movies!"

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publicado por Terebi-kun às 01:23
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Sexta-feira, 1 de Abril de 2011

PPPs no Negócios da Semana

 

Estiveram no programa Avelino Jesus, que estava a conduzir a comissão de avaliação das Parcerias Público-Privadas, até se ter demitido, e Carlos Moreno, antigo juiz do Tribunal de Contas e que escreveu o livro Como Gasta o Estado o Nosso Dinheiro.

14:00 - Porque é que o Avelino Jesus se demitiu da reavaliação das PPPs: tinha dificuldades em ter acesso aos documentos que precisavam (ex.: os contractos do TGV) e quando alguns deles acabavam por aparecer, vinham incompletos

23:00 - O Avelino de Jesus diz-nos que com os documentos que obteve, chegou à conclusão que os dados sobre os estudos da sustentabilidade do TGV foram "inventados", para se poder dizer no final que o projecto iria trazer retorno. Por exemplo, as receitas que foram projectadas tendo em conta a venda de bilhetes (isto para o troço Lisboa-Madrid) representavam 3% dos benefícios a tirar do TGV. O resto dos benefícios eram coisas que não traziam retorno directo, como por exemplo, benefícios ambientais, poupanças de tempo, etc. Foram este tipo de coisas que representam a maior parte do retorno que justificaram, nos estudos, a viabilidade do TGV.

29:00 - Metro ao Sul do Tejo foi negociado com uma estimativa de 80 mil passageiros/dia. Na realidade, estão neste momento a passar 35 mil passageiros/dia. Disseram que o Estado tem de pagar 8 mil milhões de euros por ano por causa disto, faltou dizer o porquê: porque no contracto há cláusulas de utilização miníma, que se não forem atingidas, é o Estado que cobra o que falta à empresa que está a explorar.


Falaram no entanto que estes contratos costumam ter taxas de rendibilidade de 11% para cima, o que é muito alto e ainda por cima, asseguradas pelo Estado. Se a empresa não obtiver essa rendibilidade com o negócio, o Estado cobre o que falta aos accionistas.

34:00 - Um estudo sueco, feito por várias entidades, concluiu que em termos de emissões do CO2, o TGV tem impacto neutro. Ou seja, não contribui nem ajuda, em termos de impacto ambiental. Para os nossos estudos de viabilidade do TGV, os benefícios ambientais representam 15% dos benefícios totais.

37:00 - As portagens na SCUT apenas cobrem um terço do que é preciso pagar às concessionárias. O resto terá que vir do Orçamento de Estado.

39:00 - Falam do impacto das PPPs no Orçamento de Estado. Dá a entender estava projectado um crescimento das prestações anuais das PPPs mais linear, que em ano de eleiçoes caiu a pique, para depois voltar a subir a pique em 2013. Fixem este ano, 2013.

46:30 - Criatividade contabilística na venda de edifícios à ParPública.

publicado por Terebi-kun às 14:44
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