Segunda-feira, 19 de Março de 2012

O Filho de Odin

 

É basicamente isto:

 

"Existem livros que nos fazem rir, outros que nos fazem chorar. Bem, João Piedade dá-nos tudo isso em metade das páginas que autores menos hábeis utilizam. Eu ri-me perdidamente a ler este livro (juro, expressões como "gritou tão alto que até o vidro de uma janela se rachou" fizeram-me deitar litros de leite pelo nariz), eu ria-me na introdução, nas partes divertidas, nas partes tristes e nas outras pelo meio. Eu ri-me durante um par de horas depois de acabar o livro e dois anos depois ainda sorrio. Mas com este livro eu também chorei; pelo abate das árvores, pelo dinheiro gasto, pelos frequentadores de livrarias incautos, que não sabem o que lhes espera."

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publicado por Terebi-kun às 11:49
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Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2012

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publicado por Yasako às 22:03
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Sábado, 11 de Fevereiro de 2012

Book Shopping

 

É preciso ter cuidado a comprar livros em Portugal... o livro acima, na Amazon UK, custa agora 6.99£. Mais 6% de IVA, fica 7.41£, que o Google diz que agora é à volta de 8.86€. Como o conversor da Amazon dá um cheirinho para cima, digamos que fica em 9.50€. Mais umas encomendas para que chegue aos 30€, e não se paga os portes.

 

Vou ao Wook, e exactamente o mesmo livro, com a mesma capa, e em inglês, custa 31.40€. What??? Depois de ver os detalhes é que se percebe: é versão capa dura, daí o "disparo". A versão capa dura na Amazon até fica mais cara em comparação (à volta de 33€). 

 

Mas na página de resultados, está um livro com o mesmo título, mas com uma capa que não tem nada a ver ("36 Views of the Eiffel Tower", é o que diz a imagem da capa). É o mesmo livro, versão paperback, mas enganaram-se na imagem da capa. Este já tem um preço decente: 11.92€, com 5% de desconto.

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publicado por Terebi-kun às 02:33
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Segunda-feira, 13 de Junho de 2011

Teatro

Tenho ouvido dizer que o teatro anda pelas ruas da amargura, como quem diz, está com dificuldade em convencer as pessoas a ir às peças. E acabei de ler um parágrafo que me lembrou dessa situação:

(contexto - o texto vem de um livro que tem uma espécie de peça, em que os personagens são 5 escritores dramáticos do século XX, que conversam uns com os outros)

 


"IONESCO: [...] Vocês querem elucidar os outros porque julgam ter compreendido o mundo. Nós, pelo contrário, sabemos que não o compreendemos. [...] isso faz-vos abraçar o mundo alucinado dos vossos sistemas explicativos.

BRECHT: E o que é, então, o objectivo de um drama, se não é o esclarecimento? [Convém dizer que Brecht era um Marxista convicto]

SHAW: O contrário do esclarecimento, ou seja, mistificação!"

 


A "peça" continua nisto um bom bocado, a explicar o teatro de cada um. E ao que parece, o que estas personagens descrevem é o que "melhor" se fez de teatro no século passado.

Isto lembrou-me da minha última experiência de teatro. Vi duas peças numa espécie de festival, uma a seguir à outra. A segunda até foi gira, pegaram na história do Drácula e tentaram fazer uma comédia disso. Já a primeira, foi propaganda comunista disfarçada de história para crianças. Muito mau.

 

publicado por Terebi-kun às 09:56
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Domingo, 24 de Abril de 2011

Livro: SuperFreakonomics

Terminei de ler o SuperFreakonomics. Embora o livro tenha algumas secções muito criticadas e até erradas (i.e., a parte sobre o aquecimento global), o livro retrata bem o tema principal, a natureza humana. E mais uma vez, fiquei com a ideia que é muito útil e do nosso próprio interesse conhecer-mos muito bem a nossa própria natureza.

 

Como é dito no próprio livro, acerca da pessoa que tinha proposto pela primeira vez os cintos de segurança para os automóveis:


"...tinha esbarrado contra um dos dogmas centrais e mais frustrantes da natureza humana: é difícil mudar os comportamentos [...] uma solução simples e barata para um problema, talvez não resulte se implicar que as pessoas mudem o seu comportamento."

São aspectos como este que estão por detrás das experiências descritas no livro, de uma ponta à outra. Outro exemplo, este muito famoso. Em 1847, Ignatz Semmelweis descobriu uma maneira de diminuir significativamente o número de mortes durante os partos, tanto dos bebés como das mães. A solução: obrigar os médicos a desinfectar as mãos antes do parto. Resultado:

"a taxa de mortalidade na maternidade do Hospital Geral de Viena baixou a pique quando Semmelweis ordenou aos médicos que lavassem as mãos após realizarem autópsias. Contudo, os médicos dos outros hospitais ignoraram as suas descobertas. Chegaram até a ridicularizá-lo. [...] Além disso, os médicos dessa época [...] não conseguiam aceitar a ideia de que eram eles próprios a raiz do problema."

Entretanto já passou um século e meio. Como andam as coisas?

"Uma série de estudos recentes demonstrou que os funcionários hospitalares lavam ou desinfectam as mãos menos de metade das vezes em que deveriam fazê-lo. E os médicos são os piores infractores, mais complacentes do que os enfermeiros ou os assistentes."

"Este fracasso é intrigante. No mundo moderno tendemos a acreditar que a melhor forma de corrigir os comportamentos perigosos é através da educação. É esse o raciocínio por trás de praticamente todas as campanhas de sensibilização pública."

"Porque razão é tão difícil mudar esse comportamento quando o preço a pagar pelo cumprimento das regras [...] é tão reduzido e os potenciais custos do incumprimento [...] é tão alto? À semelhança do problema da poluição, a resposta radica uma vez mais nas externalidades. Quando um médico não lava as mãos não é a sua própria vida que fica primariamente em perigo mas sim o próximo paciente que ele tratar. [...] os médicos [...] não dispõem de incentivos suficientes para lavar as mãos."

 

 

 

 

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publicado por Terebi-kun às 19:44
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Domingo, 17 de Abril de 2011

Livro - História do Pensamento Económico (3)

Agora vem Aristóteles, que vem contrapor o ideal "comunista" e "igualitário" de Platão:

 

"Em geral, partilhar a vida de outrem, colocar tudo em comum, é para o homem uma empresa difícil entre todas [...] Os possuidores de bens comuns ou indivisos têm entre si conflitos muito mais frequentes que os cidadãos cujos interesses estão separados".

 

Sobre a ideia de Platão de privar os cidadãos de qualquer tipo de propriedade privada:

 

"Se agradável e socorrer amigos, hóspedes e companheiros é o maior dos prazeres, que não se pode experimentar se não se possuírem bens privados".

 

Sobre o ideal comunitário de Platão:

 

"[Como] se de uma sinfonia se quisesse fazer um uníssono [apenas um som, porque a cidade é] uma pluralidade que, por meio da educação, deve ser conduzida a uma comunidade, a uma unidade".

 

À primeira vista, esta oposição entre Platão e Aristóteles faz lembrar o "comunismo" vs "capitalismo", mas havia uma coisa em que Aristóteles estava de acordo com Platão: ambos desprezavam a fixação na acumulação de riqueza. Então o que os diferenciava? Ao que parece, tem tudo a ver com um certo pragmatismo e a maneira como se encara o "divino":

 

"Aristóteles rejeita a [...] ideia de que o homem participa em dois mundos distintos, o visível e o invisível. Para ele, o homem está inteiramente mergulhado no mundo natural. A alma individual desaparece ao mesmo tempo que o corpo. [...] Não há nenhuma comunicação, nenhuma passagem, do divino ao terrestre".

 

 

Tive Filosofia na escola, li o Mundo de Sofia, e é a primeira vez que vejo este lado destes Gregos Antigos. Provavelmente, porque os livros onde Platão e Aristóteles falam disto chamam-se Leis e Política. Lembra-me quando o Malstrom disse que "pessoas que lêem o Phaedrus [cujo tema é o "amor"] de Platão ficam por aí e não lêem as Leis de Platão".

publicado por Terebi-kun às 10:36
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Segunda-feira, 4 de Abril de 2011

Livro - História do Pensamento Económico (2)

Segundo as Leis de Platão:

 

"«O nosso fim essencial é estabelecer a amizade entro todos os cidadãos da cidade»; qual é a organização económica e social apropriada para esse fim? «O verdadeiro meio», responde Platão, «é a comunidade absoluta dos bens, das mulheres e dos filhos», porque «entre amigos tudo é comum». O comunismo é-nos assim apresentado desta vez como um ideal de alcance geral."

 

"«Um meio mais fácil de instaurar a amizade entre os cidadãos é atribuir a todos propriedades iguais e obrigá-los a todos a levarem uma vida identicamente frugal.»"

 

"A base da organização social será a família monogâmica, mas uma vida cuidadosamente controlada pelo Estado: o adultério será punido e defendida a honra das mulheres; cada casal deverá possuir uma habitação separada; em caso de incompatibilidade entre os esposos, poderão separar-se, mas cada um deles deverá casar-se então com cônjugue designado pelo Estado (pensa-se assim evitar divórcios muito numerosos). A cada família será atribuído um lote de terra idêntico, que não poderá ser alienado e deverá ser transmitido a um só herdeiro;"

 

"Este sistema implica, evidentemente, que todos os cidadãos sejam agricultores e, por outro lado, que o seu número de mantenha rigorosamente o mesmo. «Efectivamente», declara Platão, «na cidade deverão existir sempre exactamente 5040 cidadãos, número escolhido porque é divisível por todos os números de 1 a 12, excepto o número 11, o que deve facilitar o trabalho administrativo»" pág.37-38

 

Isto não me ensinaram nas aulas de Filosofia!

publicado por Terebi-kun às 10:55
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Livro - História do Pensamento Económico

Sobre o trabalho de Platão:

 

"O conhecimento do que é bom e justo para o indivíduo e para a cidade é o conhecimento mais alto, e o único verdadeiro. O conhecimento imediato pela via dos sentidos só conduz a opiniões superficiais sobre as coisas. O conhecimento matemático já é superior. Entretanto apoia-se em postulados não justificados e não pode explicar integralmente o mundo visível onde nada permanece. A geometria, sobretudo, é um bom instrumento de preparação para o exercício da sua mais alta faculdade, a inteligência, ou a razão. A razão pela via da discussão e da dialéctica atinge o conhecimento do bem, nomeadamente do bem político que é a justiça." (pág.41-42)

 

É preciso ter em conta como é que Platão via o Universo. Para ele, nós, como pessoas, não podíamos inventar nada, pois já estava tudo inventado desde o início do tempo. No máximo, podíamos lembrar-nos dessas "ideias" originais, que existiam num outro plano de existência, o "mundo das ideias".  Daí a "aversão" de Platão ao mundo real, pois era só uma sombra do mundo ideal. Daí também a ideia de defender a discussão pura, sem ter demasiado em conta o "conhecimento imediato pela via dos sentidos", como única forma de chegar a essas ideias originais. A Filosofia hoje em dia perdeu muita da relevância que tinha, e se ainda seguir esta ideia, não admira porquê.

 

 

"Esta concepção de uma ciência política modo supremo e perfeito do conhecimento, ao mesmo tempo que única ciência verdadeiramente importante, pode hoje surpreender-nos, dado que estamos habituados a admitir, ao contrário, que a ciência política (de que a economia política é um ramo particular) deve procurar imitar as ciências exactas, muito mais perfeitas, e que raramente o consegue." (pág.42)

 

Não será tanto a ciência política "imitar" as ciências exactas, mas usar uma metodologia semelhante para chegar ao conhecimento. E as ciências políticas têm muito a ganhar (e já ganham) ao ir buscar conhecimento já descoberto em áreas como as neurociências e a psicologia, que ajudam a perceber melhor como é que o ser humano funciona. Afinal de contas, é este o tema das ciências políticas: o ser humano, e como podem muitos seres humanos viver em conjunto (de preferência, no seu melhor interesse).

 

 

"Todavia, o ponto de vista de Platão merece ser considerado com muita atenção. Para ele, o que importa ao homem é conhecer-se a si próprio. Em seu entender, é muito mais importante esclarecer os princípios de uma constituição justa do que descobrir leis naturais do mundo físico." (pág.42)

 

É a ideia de que é preciso primeiro as pessoas estarem suficientemente conscientes/educadas, de termos uma sociedade pacífica, antes de termos conhecimentos para matar mais e melhor. O que faltou considerar foi que os conhecimentos do mundo físico também poderiam ajudar as ciências políticas.

publicado por Terebi-kun às 10:05
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Terça-feira, 16 de Novembro de 2010

O que resta dizer?


 

Épico!



publicado por Yasako às 20:05
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Quarta-feira, 11 de Agosto de 2010

Comentário ao New York Times Best Seller List

"In the book industry, the ‘New York Times Best Seller List’ is intended only for books that critics like. So if a book outsells the ‘important’ books, such as an exercise book in the 1980s, a new list is created just to get that exercise book off of the New York Times Best Seller List. When ‘Harry Potter’ came out, it outsold the critically acclaimed books. So a new list was invented, the Children’s Best Seller List, and ‘Harry Potter’ books got moved off the New York Times Best Seller List. The book industry has collapsed long ago and is an example of an entertainment industry being held captive by the ‘book culture’. Keep that in mind next time you go to a book store, for they won’t be around much longer, and see people sitting there sipping coffee."

The Sick Obsession of Culture in the Game Industry

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publicado por Terebi-kun às 08:34
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