The healthcare debate: Jonathan Haidt on how our moral roots skew our reasoning
"While it is useful to rebut charges and get your arguments out in circulation, you have to understand that arguments and evidence have little impact on people as long as their feelings tilt them against you."
Na América, ateus e agnósticos parecem saber mais sobre religião que os próprios cristãos (talvez seja por isso que não sejam cristãos). Quem o diz é o New York Times e o Los Angeles Times:
"Those who scored the highest were atheists and agnostics, as well as two religious minorities: Jews and Mormons. The results were the same even after the researchers controlled for factors like age and racial differences."
"American atheists and agnostics tend to be people who grew up in a religious tradition and consciously gave it up, often after a great deal of reflection and study"
As aventuras de um geek na indústria livreira, escrito numa altura (~1997) em que a internet ainda estava a começar a levantar voô, e ainda não tinhamos tantos foruns nem Google para responder às nossas perguntas.
Algumas partes:
"Given that books are typically sold to bookstores for about 50% of the cover price, 10% of net means the author gets only 5% of the cover price. The publishing industry soaks up 95% of the booty. How can that be fair?"
"The people who work in book publishing are well aware of this. That's why hardly anybody ever quits a job in book publishing to become an author. Consider the two situations. Author: sits alone at home editing manuscripts and praying that proposals will be accepted. Employee of large publisher: hangs out in comfortable office surrounded by fun people, makes twice the salary, assumes no risk (i.e., gets paid whether or not particular book proposals are accepted)."
"The most upsetting contract provision is indemnification. It is axiomatic that if you publish the truth about anything that matters, you will eventually get sued. [...] If the publisher gets sued because someone doesn't like what you wrote, you have to pay the publisher's legal bills and, if it comes to that, any legal judgment."
"First, since publishers don't pay real money for computer books, the only people who are attracted to work as authors are the clueless and unemployed. If I actually know something about Web publishing, why should I write a book instead of consulting for $1,000/day? But if I've never typed a line of SQL in my life, that makes me the perfect candidate to write a book about databases. Yes the publisher is only going to pay me $10,000 but it works out because I get an excuse to learn a bunch of new things. Maybe I can get a job as a junior database programmer when I'm done."
"Looking at the way my book was marketed made me realize that amazon.com is going to rule the world."
Mais de 10 anos depois, terá mudado alguma coisa?
Numa conversa, um amigo trouxe o assunto do Estado Mínimo. Não conheço o suficiente para ter uma opinião formada, mas fez-me pensar no papel do Estado e da cultura na nossa sociedade. No fundo, são ferramentas que arranjá-mos para domesticar a natureza.
A natureza em si é amoral. Favorece aquilo que funciona, independentemente de ser "bom" ou "mau". Se num certo cenário o altruísmo funcionar melhor que egoísmo, é isso que sai a ganhar. Se noutro cenário funcionar as lagartas servirem como depósito vivo de comida para os ovos das vespas, é isso que acontece.
O que nós, humanos, estamos a fazer quando introduzimos coisas como o Estado Social é tentar balançar a amoralidade da natureza a nosso favor, de maneira a que coisas que consideramos "boas" sejam mais beneficiadas que as "más", recompensado umas e penalizando outras através de leis, regras sociais e afins.
Assim dá para notar porque é que este problema é tão difícil:
- Nada disto é "inato", são construções que nós próprios fazemos. Portanto, podem funcionar, como podem não funcionar. Durante a maior parte da história da humanidade não houve este grau de domesticação da natureza, quem sabe até onde é que o podemos sustentar.
- Como é que decidimos o que é "bom" e "mau"? Bem, toda a gente tem a sua ideia do que é "bom" e "mau", o difícil é entenderem-se.
Já li bastantes artigos e blogs sobre linguagens de programação, e uma coisa que sempre me faz impressão é ver as pessoas a "tentar" falar objectivamente sobre certas linguagens, quando estão completamente apaixonadas por elas. Qual é o problema disto?
1) A pessoa perde a noção que é "apenas" uma ferramenta que faz sentido em certas situações, mas não noutras;
2) A informação dada pela pessoa pode ser pouco fiável ou até mesmo falsa, e se eu nunca usei tal ferramenta, não vou saber detectar isso. Bem, isto é sempre um problema, quer a pessoa esteja "apaixonada" ou não, mas é sempre muito mais difícil fazer perguntas e discutir problemas quando o assunto é o objecto de adoração de alguém.
Por isso, alegram-me sempre ler coisas como estas:
"To make matter worse, these new paradigms come at a cost that’s very often glossed over by their own advocates [...] Anyone who tells you that only one of these approaches works and the others don’t is trying to sell you something."
É costume estas paixões serem apresentadas como soluções fáceis, muito focadas, para problemas difíceis (as chamadas "silver bullets"). E normalmente, estes problemas difíceis são problemas de escala:
"In a system of no significant scale, basically anything works. [...] In a system of significant scale, there is no magic bullet. [...] What’s happening is that people are confusing easy problems for easy solutions."
O problema destas soluções é quando não são, por exemplo, bibliotecas que se adicionam a um ambiente de trabalho estabelecido, mas quando se apresentam como soluções completas. Sendo muito focadas, essa é ao mesmo tempo a vantagem e o problema:
"There just isn’t a one-size-fits-all concurrency [complex problem] solution."
Um amigo, enquanto passeava nos TvTropes, chamou-me a atenção para um certo trope (OsHomensSãoDispensáveis) que nas palavras dele, é "reflexo de um double standard", porque este trope em particular "segue os valores da vida".
Já se chegou à conclusão que esse double standard existe, e está implantado nos nossos genes. Tem tudo a ver com as mulheres gerarem os filhos dentro delas e os homens não. Porque é que isso faz diferença? As mulheres têm a certeza que os filhos são delas; os homens não. Este é o Double Standard que está na origem de muitos outros double standards entre homens e mulheres.
Esta situação condiciona-nos a sentir-nos de certa maneira. Ao querermos ser mais justos e ter apenas um standard, podemos tentar ignorar essas emoções, mas ignoramos demasiado e estamos no bom caminho para sermos infelizes. No entanto, se apenas seguirmos os "valores da vida", não vamos estar a ser muito diferentes de macaquinhos.
O quer que se faça, acho que é sempre preferível (e útil) saber de onde vêm todos estes sentimento e emoções, quando cada um tomar a sua decisão.
Afinal, praticamente tudo o que se dá na escola está relacionado. Só me apercebi disto muito tarde, devia estar já no final do secundário. Até aí, cada disciplina era uma matéria isolada: Física não tinha nada a ver com Português, e muito menos com História.
Costuma-se fazer a seguinte ligação:
A Biologia, que trata de tudo o que é ser vivo consegue ser explicada muito à custa das reacções químicas que ocorrem no interior das células e à volta delas. Essas reacções químicas obedecem às leis da Física, que podem ser representadas através de fórmulas matemáticas.
Podemos expandir um pouco essa figura com mais algumas áreas do conhecimento:
A Geologia trata de tudo o que há neste planeta que não esteja vivo. Em conjunto com a Biologia, contam-nos a história do planeta terra. Como os seres humanos são uma espécie muito centrada em si própria, temos depois uma panóplia de disciplinas sobre a sua própria história, línguas, mentes e sobre tudo o que produziram ao longo do tempo que consideraram relevante.
Fico com a impressão que gostava que tivessem insistido em explicações como estas, quando estive na escola. Pelo menos tinha dado algum sentido e contexto ao que andava a fazer.
Fiquei a saber (08:45) que em Portugal andam a usar "algoritmos não-convencionais" na matemática. Algumas perguntas e um e-mail depois e confirmei o que desconfiava: andam, neste momento, a ensinar a "nova matemática" (ou algo muito parecido) em Portugal! Não sabem o que é a nova matemática? Worry not:
Agora pergunto:
1) Se há 50 anos este método não funcionou nos EUA, vão trazer isso para Portugal?
2) Nunca tinha ouvido falar de tal coisa no ensino de matemática em Portugal até ter visto esse episódio do Plano Inclinado. O mesmo com muitas das coisas absurdas que estão a acontecer no ensino. Não haverá falta de exposição destas "reformas" e do que se anda a fazer? Os pais sabem destas coisas? Se soubessem mudaria alguma coisa?
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