Domingo, 21 de Junho de 2009

Céu Azul

Imaginem duas pessoas a discutir sobre a côr do céu. Uma diz que o céu é azul, outra diz que o céu é cinzento. Uma discussão entre elas poderá alguma vez chegar a algum lado?


Vamos imaginar que são honestos na discussão, e querem realmente perceber o que se passa. Se assim fôr, ambos começam por assumir que nenhum dos dois está a mentir, e um vê de facto o céu como azul, e o outro vê o céu como cinzento. Podem chegar rapidamente à conclusão que cada um vê o céu de maneira diferente. Mas significará isso que as duas afirmações são igualmente correctas?

Não. Está-se a fazer uma afirmação sobre uma propriedade do céu (de que côr É o céu), não sobre o que cada um vê (de que côr VEJO o céu). O céu, a ter uma côr, tem uma côr específica.

Chamam outra pessoa, e perguntam-lhe de que côr é o céu. Ela diz que o céu é cinzento. Quer isto dizer que o céu é cinzento? Não, só quer dizer que essa pessoa também vê o céu como cinzento.

Usando filosofia e dialética, isto é onde se pode chegar. Cada um vê o céu da sua côr, e respeitam isso. No entanto, nunca se chega a acordo acerca da sua côr de facto. Poderão até especular que o céu não tem côr, que é apenas uma produto da nossa imaginação e que nada existe para além das nossas mentes.



Decidem então utilizar instrumentos. Aprendem que a luz visível é composta por vários comprimentos de onda, e que a cada comprimento de onda corresponde uma côr. Propõem então que o céu, a ter uma cor, deve estar a filtrar a luz visível e a deixar apenas passar um certo comprimento de onda.


Com um espectroscópio, detectam que comprimentos de onda o céu deixa passar. Descobrem que o céu deixa passar TODOS os comprimentos de onda. Ambos ficam confusos, e repetem o teste. Outra vez o mesmo resultado. Pedem a um amigo que faça o teste. O mesmo resultado. Pedem a outro amigo que faça o teste. Dá apenas comprimentos de onda da zona dos vermelhos. Pedem que repita o teste. Dá todos os comprimentos de onda de novo. Pedem a pessoas, do outro lado do mundo, que façam o teste. Essas pessoas esperaram que o sol estivesse na mesma posição das outras experiências, e o mesmo resultado de novo.


Depois de
muito estudarem sobre o assunto, percebem o que se passa. Se não fosse a atmosfera, o céu seria negro, da mesma maneira que o céu é sempre negro na Lua. Mas a atmosfera "espalha" a luz. Como a radiação correspondente aos azuis têm comprimentos de onda menores que a radiação correspondente ao vermelho, os azuis espalham-se mais, e onde sem atmosfera veríamos negro, vemos em vez disso azul.

Afinal o céu É azul!

 

publicado por Terebi-kun às 09:35
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Terça-feira, 16 de Junho de 2009

OMG...I'm going to a freaking Katy Perry concert O_O!!!

 

 

Estou tão entusiasmada! É já no próximo Domingo...nunca pensei que ela viesse cá e que eu tivesse bilhetes!

xD Nem Acredito! Terebi-kun its all your fault!<3

 

Depois de muito resistir cheguei à triste conclusão:

 

She's like ice cream...

...and I cant stop screaming about her!

>__<'''

publicado por Yasako às 20:51
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Quarta-feira, 10 de Junho de 2009

To the Beach!

 

Ontem à tarde foi o nosso primeiro dia de praia...e foi...tão...Bom! XD

 

Munidos do nosso novo Mega-Guarda-Sol e do meu novo super bikini fomos os dois à praia e foi uma delícia. As toalhas coloridas, o céu azul e a areia quente, fazem-me querer voltar para lá agora mesmo. E hoje ainda está melhor porque está menos vento e ainda mais sol!

 

Lá fomos nós com a nossa brancura à prova de bala, e o meu cérebro orgasmicou-se! Apetecia-me barbatanas, colchões insufláveis, melancia! Gelados de chocolate a derreter pelos cotovelos, Calippos a doer nos dentes, raquetes...frisbees! Bolinhass de Berliiiiiiiim! x)

 

Acho que foi a primeira vez que me senti mesmo à vontade na praia a única coisa que me desiludiu um bocadinho foi a água estar tão gelada, tenho mesmo saudades da sensação que dá estar dentro de àgua e sentir-me mais leve, a flutuar.

 

Mesmo quando o vento fez um bocadinho de frio soube mesmo bem enrolar-me na toalha e ficar no colo a ouvir o Terebi ler-me o "Ring" sempre com curiosidade do que acontece a seguir...e a rir dos plot twists.

 

Este ano vai ser mesmo diferente, tenho mesmo boas vibrações sobre este verão, depois de tantos anos sem por um dedinho na praia... "I think this is going to be the beginning of a beautifful friendship!"

 

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publicado por Yasako às 13:56
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Domingo, 7 de Junho de 2009

Os "casual" e os "hardcore"

 

Ler sobre jogos de vídeo e a vertente "core", faz-me lembrar da banda-desenhada ocidental:

- Dificuldade em capturar novos clientes.
- Autores e consumidores que dão muito valor ao desenho e ao grafismo. (este ponto devia ser sublinhado três ou quatro vezes, em AMBOS os casos =P)
- É comum encontrar autores que fazem questão de ter como objectivo, quando fazem uma obra, de "elevar" o meio em questão.


Por outro lado, o aparecimento da Wii faz-me lembrar o aparecimento da banda-desenhada japonesa no Ocidente:

- Capturou grupos de pessoas que anteriormente estavam desinteressados (ex.: público feminino).
- Fãs e mesmo autores anteriores, acusam o recém-chegado de estar a destruir a indústria desse meio.


Tive estas impressões durante bastante tempo, mas nunca consegui consolidá-las de maneira a poder defender que se estava a passar um fenómeno semelhante. Afinal, eu não digo que não à banda-desenhada ocidental, mas tenho uma preferência por banda-desenhada japonesa, e isto podia ser apenas eu a colocá-la numa situação favorável, ao compará-la com a Wii.


Entretanto, o Abul deu-me a conhecer um blog (Malstrom's Article News) que fala precisamente sobre o sucesso da Wii, e sobre uma "teoria" do mundo empresarial que a Nintendo andava a aplicar ("disruption"). Havia então uma base teórica que podia ser aplicada ao que se passava com a Wii! Enviei um e-mail ao autor do blog, a expôr este paralelismo, e perguntei se isto poderia ser um caso de "disruption" ou não.

Ele não pôde dizer sim ou não, uma vez que não está a par da indústria da banda-desenhada, mas podemos usar esta teoria para ver se a banda-desenhada japonesa tem características de "disruption".

Primeiro que tudo, "disruption" precisa de pelo menos dois "players": um que está "disrupting" (vamos considerar a banda-desenhada japonesa), e pelo menos outro (mas podem ser mais) que está a ser "disrupted" (vamos considerar a banda-desenhada ocidental).


Sendo assim, a ideia chave é que a "disruption" não torna as coisas melhores, torna-as mais simples.

Será a banda-desenhada japonesa mais simples? No geral, quando comparada com a banda-desenhada ocidental, há diferenças que apontam para isso: é frequentemente a preto e branco, em vez de cores; costuma ter substancialmente menos texto; tem um traço mais cartoon, o que a torna mais "fácil" aos olhos;

Simplificar a utilização é importante, porque tende a baixar a barreira para os "newcomers". Notar que estas são características que frequentemente os autores de banda-desenhada ocidental apontam como "defeitos", e que o mesmo aconteceu no caso da Wii.


Na resposta que o Malstrom deu, ele diz que uma maneira de se poder identificar uma "disruption" é ter um "produto medíocre para clientes medíocres", sendo medíocre do ponto de vista do que está a ser "disrupted". O caso da Wii é um "produto medíocre" - é a consola menos potente desta geração, nem suporta HD. Os clientes também são "medíocres" - são avós, donas de casa, familias, tudo pessoas que não se interessam "verdadeiramente" por jogos (embora gostasse de ver se os "core" gamers que conheço conseguiam vencer a mãe da Yasako no Freecell).

Pode-se fazer um paralelo na banda-desenhada. A banda-desenha japonesa é um produto medíocre - é a preto e branco, o desenho é muito menos realista, tem bastante menos texto. Os clientes também são medíocres - são pessoas que não apreciam a banda-desenhada em todo o seu esplendor.


Usando esta ideia da "disruption", há de facto algumas características na banda-desenhada japonesa que a tornam um "disruptor", quando posta ao lado da banda-desenhada ocidental, o que pode explicar porque é que nos últimos anos, esta última não se tem aguentado tão bem.



Por outro lado, vale a pena deixar aqui a ressalva que a subida de popularidade da banda-desenhada japonesa quando a banda-ocidental se encontrava praticamente estagnada, pode não ser só devido a estas características. Na America, considera-se por vezes que os jornais de papel tenham sido "disrupted" pela Internet.
No entanto, Malstrom colocou a hipótese que isso é apenas parte da explicação, sendo outra parte os próprios jornais não terem sido capazes de criar conteúdos originais e interessantes.

 

Algo semelhante pode ter acontecido com a banda-desenhada ocidental.

 


publicado por Terebi-kun às 21:53
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Terça-feira, 2 de Junho de 2009

Humor na TV

Hoje encontrei um substituto para a paródia política dos Gatos Fedorento: o Tempo de Antena.

O episódio que apanhei hoje foi o do PPM - Partido Popular Monárquico.

 

 

Adorei a escolha do actor, deu outra vida ao sketch. Mas o próprio texto não fica atrás:

"Estamos fartos de um regime, que se acha acima de todos" (Até porque o rei está bem cá em baixo.)

"O PPM não representa só os monárquicos. O PPM representa também a si, que anda de autocarro, que trabalha, que está desempregado, e que não sabe que pode ser monárquico" (UAI, não estou desempregado mas trabalho, e às vezes ando de autocarro. Serei monárquico?)

"O PPM há muito tempo que é um partido português, porque depende apenas e somente de Portugal para existir. Não responde a internacionais, por exemplo."

"Monárquicos sim, um rei não pode existir sem povo" (senão quem é que o adorava?)

"Há monarquias na Europa, há países que são desenvolvidos porque também têm um regime monárquico" (Já podia ter dito!)

"Em Portugal [...] dizem que o regime tem que ser Republicano e que vai fazer 100 anos. O PPM acredita num Portugal com 800 anos, o PPM quer representar o Portugal de 800 anos" (ok, então o que a gente precisa é de mais analfabetos, mais doenças e mais caravelas?)

publicado por Terebi-kun às 23:23
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