Começei agora a ver a segunda temporada do K-On depois de rever a primeira (gosto sempre de rever antes de começar outra vez) Xp Continuo a adorar o grupo e é uma boa maneira de viver vicariamente uma parte da vida que não tive o prazer de ter. Mas não é para isso que as estórias servem?
Mais um "artigo" a justificar e a tentar convencer as pessoas (e o próprio autor, quem sabe) que é "bom" pagarmos 60€ por 6-8 horas de jogo:
"On paper, six or eight hours may look criminal for a $60 game, but since when is a painting sold by the foot? A poem by the word?"
With downloadable games being released for $15 or less, there is now room for games that last three to six hours and deliver something satisfying in that time"
Ou seja, pode haver jogos de $15 de 6 horas e jogos de $60 com 6 horas também. O que é que vai diferenciar os dois jogos?
"Remember, when you spend more for a nice bourbon, you're not getting any more liquid in the bottle. Would you rather play a tightly constructed and paced 10-hour game, or a meandering 20-hour game?."
A metáfora da garrafa de bourbon dá a entender que a ideia que se quer passar é que a duração do jogo pode ser a mesma, mas a experiência que se tem durante esse tempo é que é diferente. Isto até pode parecer lógico, mas estão à volta da pergunta errada. Aqui a questão NÃO devia ser qual o tempo necessário para ir de uma ponta à outra de um jogo. No tempo do Nintendo e da MegaDrive, muitos dos jogos conseguia-se chegar ao fim numa tarde, e não se punha essa questão como se põe hoje. Até me lembro de achar o Sonic 2 demasiado comprido, com demasiados níveis.
A pergunta que deviam fazer é: este jogo consegue interessar-me durante quanto tempo? O problema não é o jogo ser curto; o problema é "agarrar-nos" por pouco tempo, quer porque se consegue chegar ao fim quase à primeira, quer por não ser interessante/divertido o suficiente para querermos jogá-lo várias vezes. E era nisso que eles deviam pensar. Não no comprimento do jogo.
Já li bastantes artigos e blogs sobre linguagens de programação, e uma coisa que sempre me faz impressão é ver as pessoas a "tentar" falar objectivamente sobre certas linguagens, quando estão completamente apaixonadas por elas. Qual é o problema disto?
1) A pessoa perde a noção que é "apenas" uma ferramenta que faz sentido em certas situações, mas não noutras;
2) A informação dada pela pessoa pode ser pouco fiável ou até mesmo falsa, e se eu nunca usei tal ferramenta, não vou saber detectar isso. Bem, isto é sempre um problema, quer a pessoa esteja "apaixonada" ou não, mas é sempre muito mais difícil fazer perguntas e discutir problemas quando o assunto é o objecto de adoração de alguém.
Por isso, alegram-me sempre ler coisas como estas:
"To make matter worse, these new paradigms come at a cost that’s very often glossed over by their own advocates [...] Anyone who tells you that only one of these approaches works and the others don’t is trying to sell you something."
É costume estas paixões serem apresentadas como soluções fáceis, muito focadas, para problemas difíceis (as chamadas "silver bullets"). E normalmente, estes problemas difíceis são problemas de escala:
"In a system of no significant scale, basically anything works. [...] In a system of significant scale, there is no magic bullet. [...] What’s happening is that people are confusing easy problems for easy solutions."
O problema destas soluções é quando não são, por exemplo, bibliotecas que se adicionam a um ambiente de trabalho estabelecido, mas quando se apresentam como soluções completas. Sendo muito focadas, essa é ao mesmo tempo a vantagem e o problema:
"There just isn’t a one-size-fits-all concurrency [complex problem] solution."
Um amigo, enquanto passeava nos TvTropes, chamou-me a atenção para um certo trope (OsHomensSãoDispensáveis) que nas palavras dele, é "reflexo de um double standard", porque este trope em particular "segue os valores da vida".
Já se chegou à conclusão que esse double standard existe, e está implantado nos nossos genes. Tem tudo a ver com as mulheres gerarem os filhos dentro delas e os homens não. Porque é que isso faz diferença? As mulheres têm a certeza que os filhos são delas; os homens não. Este é o Double Standard que está na origem de muitos outros double standards entre homens e mulheres.
Esta situação condiciona-nos a sentir-nos de certa maneira. Ao querermos ser mais justos e ter apenas um standard, podemos tentar ignorar essas emoções, mas ignoramos demasiado e estamos no bom caminho para sermos infelizes. No entanto, se apenas seguirmos os "valores da vida", não vamos estar a ser muito diferentes de macaquinhos.
O quer que se faça, acho que é sempre preferível (e útil) saber de onde vêm todos estes sentimento e emoções, quando cada um tomar a sua decisão.
animação(34)
anime(60)
bunny(11)
filmes(45)
gadgets(3)
imagem(135)
irony(8)
japanese stuff(81)
livros(15)
made in suika(134)
manga(13)
música(58)
politics!?(84)
random(144)
recortes(5)
science(23)
séries(12)
teatime(3)
top 5 monday!(31)
tv(33)
vhs(3)
video(108)
videogames(136)
web culture(73)