As aventuras de um geek na indústria livreira, escrito numa altura (~1997) em que a internet ainda estava a começar a levantar voô, e ainda não tinhamos tantos foruns nem Google para responder às nossas perguntas.
Algumas partes:
"Given that books are typically sold to bookstores for about 50% of the cover price, 10% of net means the author gets only 5% of the cover price. The publishing industry soaks up 95% of the booty. How can that be fair?"
"The people who work in book publishing are well aware of this. That's why hardly anybody ever quits a job in book publishing to become an author. Consider the two situations. Author: sits alone at home editing manuscripts and praying that proposals will be accepted. Employee of large publisher: hangs out in comfortable office surrounded by fun people, makes twice the salary, assumes no risk (i.e., gets paid whether or not particular book proposals are accepted)."
"The most upsetting contract provision is indemnification. It is axiomatic that if you publish the truth about anything that matters, you will eventually get sued. [...] If the publisher gets sued because someone doesn't like what you wrote, you have to pay the publisher's legal bills and, if it comes to that, any legal judgment."
"First, since publishers don't pay real money for computer books, the only people who are attracted to work as authors are the clueless and unemployed. If I actually know something about Web publishing, why should I write a book instead of consulting for $1,000/day? But if I've never typed a line of SQL in my life, that makes me the perfect candidate to write a book about databases. Yes the publisher is only going to pay me $10,000 but it works out because I get an excuse to learn a bunch of new things. Maybe I can get a job as a junior database programmer when I'm done."
"Looking at the way my book was marketed made me realize that amazon.com is going to rule the world."
Mais de 10 anos depois, terá mudado alguma coisa?
não retrocede o caminho
só por obra de milagre
pode de novo ser vinho"
- António Aleixo
Ontem à noite repetiram o programa do Plano Inclinado onde convidaram o Manuel Carvalho da Silva (Secretário-Geral da CGTP).
Deviam fazer mais programas assim. Pegam nestas pessoas que ocupam tanto espaço nas notícias e confrontam-nas com as suas próprias ideias. É assim que se nota que as ideias delas têm mais a ver com sonhos que com a realidade.
Eu acredito que o sr. Carvalho da Silva tenha as melhores intenções, e até percebo que se fale em mundos que não existam, na esperança que possam vir a existir. Mas o que quer que se faça, se não se tiver em conta a realidade e como as pessoas são, não vai dar em nada. Só vai ser tempo desperdiçado.
Estava a ver um programa antigo do Prós e Contras, sobre as contas públicas, e vejo a seguinte imagem:
Isto responde à pergunta. No Orçamento planeou-se baixar o défice, mas continua a ser um défice. Logo, a dívida vai aumentar. Mas fiquei ainda com outras perguntas:
- o défice pode ser visto como a soma do que o estado gasta, mais os juros que tem que pagar, menos o dinheiro que recebe dos impostos. A partir daqui, dá para ver onde é que se pode mexer para diminuir o défice. Ou se gasta menos, ou se aumenta os impostos. Nos juros da dívida não se consegue mexer directamente. Ora, se neste momento o juro da dívida está a bater valores recordes, quanto é que isto vai influenciar o défice planeado para este ano?
- se a dívida é uma acumulação de défices ao longo de vários anos, então a dívida de um ano é igual à dívida do ano anterior mais o défice desse ano. Segundo a imagem, a diferença prevista da dívida entre 2009 e 2010 será 8,8 (85,4 - 76,6), no entanto o défice previsto é de 8,3. De onde vem esta diferença? Há 0,5% do PIB a mais na dívida. É uma pergunta honesta, não sei de onde vem a diferença. Algumas hipóteses: será que estão a mostrar o défice sem contar com os juros (o chamado défice primário)? Será algum pagamento para as parcerias público-privadas? Será algum ajuste em relação ao PIB?
Update: Depois continuei a ver o vídeo, algumas quotes:
Teixeira dos Santos (Ministro das Finanças): "Iremos proceder este ano de 2010 à redução do défice em 1 ponto percentual, e vamos proceder a esta redução sem aumentar impostos."
(ou seja, afirmou que ia baixar o défice apenas cortando na despesa, ou promovendo o crescimento económico - mais dinheiro dos mesmos impostos. Em Setembro de 2010 os impostos já subiram, a despesa não sei como está - houve cortes mas também houve aumentos. Pelo menos ainda tivemos algum crescimento económico)
José Sócrates (Primeiro-Ministro): "O nosso défice não aumentou por descontrolo, o nosso défice aumentou porque nós decidimos aumentá-lo para ajudar as famílias, para ajudar as empresas e para ajudar a economia"
(agora que já se ajudou as famílias pode-se ir buscar de volta às famílias também)
Silva Lopes (Painel): "Nós estamos a pagar hoje 4,36% [de juros] e os gregos estão a pagar 6,63."
(estamos agora nos 6,46)
Silva Lopes (Painel): "Por exemplo nas despesas socias o Dr. [sic] Medina Carreira a meu entender está a pôr uma hipótese muito optimista, aquela a de se manter as despesas socias"
(Wait, what? Medina Carreira optimista?)
Resumo da segunda parte do Prós e Contras de hoje:
Jorge Lacão (Ministro dos Assuntos Parlamentares): O nosso Sistema Nacional de Saúde está muito melhor.
Fátima Campos Ferreira: Muito bem, mas está com um problema de financiamento. Como vamos poder pagá-lo?
Jorge Lacão: Em 75 havia 30 nados-mortos por cada 1000 nascimentos. Hoje só há três!
Fátima Campos Ferreira: Fantástico. Mas como vamos poder continuar a pagar isso?
Jorge Lacão: Vão abrir 5 novos hospitais!
Fátima Campos Ferreira: Óptimo. Mas onde é que vamos arranjar o dinheiro para sustentar o sistema?
(repeat)
Update: Quando o programa começou e vi no painel só pessoas da política, percebi que a conversa não ia longe. Exemplo da conversa:
PSD: A despesa aumentou!
PS: A despesa diminuiu!
(Tradução)
PSD: a quantidade de dinheiro que o país deve aumentou.
PS: O aumento foi menor que no período [mês?] anterior.
E nem sequer houve intervenções da plateia.
A primeira vez que vi um clip do Family Guy achei o máximo: um show como o South Park, e com animação espectacular! Mas não procurei o programa, e durante algum tempo apanhei só alguns bocadinhos na Sic Radical.
Até que há uns anos atrás fiz uma daquelas viagens de avião com mais de 10 horas, e o avião tinha um sistema de video-on-demand para cada passageiro. Tinham Family Guy! Vou já ver um episódio. Quando o episódio acabou, senti que tinha acabado de desperdiçar meia-hora da minha vida.
Entretanto vi mais uns episódios. Até me recomendaram episódios. Sugeriram-me o Blue Harvest, vi com a Yasako e estava mesmo disponível para achar piada. Mas passam uns dias e apercebo-me que não gostei de ver. Não sei explicar porquê, é um show que gostava de gostar.
E depois deste tempo todo, apanho um episódio de South Park e explicam porque é que os episódios do Family Guy me fazem sentir como se fosse tempo mal gasto:
Eric Cartman: "When I make jokes, they are inherent to a story [...] Not just one random interchangable joke after another."
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